20 de novembro de 2013

DESPEDIDA DE SOLTEIRA - MILA WANDER

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Oi, meu nome é Amande.
Posso parecer uma pessoa normal, mas as aparências enganam mais do que queremos admitir.
Devo confessar que, no meu caso, os problemas começam rapidinho. Percebe-se logo pelo nome:
Amande. Sim, eu sei que é engraçado, mas tente fazer um esforço para não me chamar de Amanda.
Não é tão ruim assim, é?
Existem vantagens e desvantagens de se ter um nome incomum. Entretanto, a maior de todas as
desvantagens, para uma pessoa como eu, é que o fato de ter o nome escrito errado por causa da
idiotice de algum funcionário preguiçoso do cartório - ou pela falta de senso do meu pai - é
extremamente humilhante. Exato, você acaba de descobrir que meu nome era para ser Amanda. Era...
Tenho vinte e sete anos. Bom, pelo menos esta é a idade do meu coração. O meu cérebro, por
sua vez, deve estar soprando sua sexagésima velinha. Não, não sou tão petulante para achar que sou
madura demais, inteligente demais ou experiente demais. Não falo neste sentido. Pode ter certeza de
que qualquer garotinha de dezesseis anos já passou por momentos mais marcantes do que eu, sabe,
aqueles momentos que você relembra e se dá conta de que aprendeu alguma coisa.
Sei que isso é meio confuso, mas você entenderá com o tempo. O problema é que o espelho diz
muitas coisas sobre a nossa idade – pelo menos o meu diz -, porém, não há definidora de idade tão
eficaz quanto a nossa própria personalidade.
Posso me explicar....

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