ERA O INÍCIO DO FIM DE SEMANA, a noite amadora; sua mesa esta-va cheia de congressistas, crianças ricas piscando suas fichas de plati-na, um par de soldados de licença de lua de mel— fuçando entre as be-bidas, estreantes nervosos estabelecendo as suas apostas com os dedos trêmulos. Nat embaralhou as cartas e distribuiu a próxima mão. O no-me que ela usava tinha chegado a ela em um fragmento de um sonho que ela não poderia por, e não conseguia se lembrar, mas parecia se encaixar. Ela era Nat agora. Familiarizada com os números e cartas, tinha facilmente conseguido um emprego como uma Dealer1 de cartas no Loss — o que todo mundo chama de um Wynn desde o Grande Con-gelamento. Alguns dias ela podia fingir que era tudo o que era, apenas mais uma sonhadora em Vegas, tentando sobreviver, esperando ter sor-te em uma aposta.
Ela poderia fingir que ela nunca tinha corrido, que nunca tinha saído da janela, apesar de que "queda" não era a palavra certa, ela deslizou, voando pelo ar como se tivesse asas. Nat tinha pousado duro em um banco de neve, desarmou os guardas do perímetro que tinham a cerca-do, roubou um colete térmico para manter-se aquecida. Ela seguiu as luzes de uma pista e uma vez que ela chegou à cidade, era fácil o sufici-ente negociar o colete por lentes para esconder seus olhos, permitindo-lhe encontrar trabalho no cassino mais próximo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
NÃO SE ESQUEÇA DE COMENTAR !