Nunca havia se sentido tão ameaçada em toda a sua vida. Intuía quer iria morrer. Seu raptor talvez a matasse, sem dúvida. O que ele faria antes que a assassinasse, a levou ao desespero: estupro, tortura... Talvez uma combinação interminável de ambos.
Seria melhor morrer depressa, imediatamente.
Tremeu, os olhos vendados, a mordaça de tecido acetinado impedindo-lhe de gritar. Ele a havia feito ingerir algo que a fez dormir. E, então, à medida que a sua consciência ia voltando, descobriu que estava completamente nua, totalmente exposta. O corpo vulnerável amarrado a uma cadeira. As mãos cruzadas e atadas por trás das costas, forçando os seios para frente. O frio do medo a enrigecer-lhe os mamilos, talvez isso enviasse sinais enganadores ao homem que a mantinha sob seu controle absoluto.
Um encontro às cegas. Um amigo muito compreensivo e galante que ela havia conhecido pela Internet.
O Shopping Center, seu carro entrando no pátio de estacionamento... Depois, a escuridão. E o cativeiro.
Céus! Cenas de um documentário sobre psicopatas sociais passaram pela sua mente: "Pessoas gentis e polidas à primeira vista, que seduzem e encantam suas vítimas para depois descarregarem seu sadismo sobre elas". Seu corpo começou a tremer de pavor…
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