21 de dezembro de 2013

IRMÃS FALLON 4- DE REPENTE O DESEJO - SUSAN FOX

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Absorvida pela apresentação de slides em que eu aparecia com meu noivo Matt e que corria na moldura digital em
minha mesa, demorei um instante para perceber o ronco de um motor de carro do lado de fora da janela do meu quarto.
Uma espiada e, “Ai, meu Deus!”, quei de pé imediatamente. O MGB conversível amarelo que se aproximava para
estacionar em frente de casa era o carro da minha irmã Jenna. O que signicava que aquele gostosão de cabelo castanho
desarrumado pelo vento no banco do motorista devia ser o namorado da vez, e que tinha feito as pazes com ela.
Voei para fora do quarto e quase trombei com Jenna no corredor. Minha irmã, agora com vinte e nove anos, sempre
foi a mais linda da família, e de uma maneira totalmente natural, ela se achava no direito de ser assim. Nada, nem mesmo
aquela angústia que ela havia passado nos últimos dias, poderia mudar isso. Seu vestido azul cava perfeito com sua pele
bronzeada, seu cabelo caía em cachos dourados sobre os ombros e até mesmo as sombras rodeando os olhos destacavam de
forma dramática os olhos azuis esverdeados.
— Jenna! Esse é o seu carro!
E, nisso, com os dedos cruzados, estava a cura para aquelas sombras escuras. Eu sempre amei essa minha irmã, apesar
de seu deslumbramento, de suas esquisitices e de meus problemas com minhas irmãs em geral, mas nos últimos tempos
nós duas tínhamos nos tornado mais próximas e eu queria de verdade que as coisas dessem certo para ela.
— O quê? — ela balançou a cabeça, confusa. — Não, meu carro está na Califórnia. Do que você está falando,
Merilee?
Quando seu velho MGB quebrou na semana passada, bem na hora em que ela havia começado sua viagem de Santa
Cruz para Vancouver, ela o deixou em uma ocina e pegou carona com o homem que viraria sua vida de cabeça para
baixo. E sim, o carro lá fora denitivamente era o dela, o que signicava que aquele sujeito tinha que ser o cara, o homem
por quem ela havia se apaixonado, com o qual ela tinha terminado e de quem havia ficado com raiva nesse meio-tempo.
— Olha! — agarrei a mão dela e a arrastei até a janela.
Seus olhos da cor do oceano ficaram maiores, mais abertos e mais arregalados quando olhou para fora.
— O quê? — ela parecia completamente atordoada.
— É o Mark, é o Mark! É ele, não é?...

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